903 resultados para Mulheres História Idade Média, 500-1500


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Ao longo do processo histrico nas culturas ocidentais e orientais o papel feminino esteve relegado ao segundo plano. Tanto a religio quanto a tradio oral tiveram papis primordiais no aprisionamento do feminino no quarto escuro da História. A teoria da mulher como origem e potncia do mal remonta antiguidade. Muitos historiadores acreditam na existncia de sociedades matriarcais que foram desarticuladas pelas sociedades patriarcais. O universo feminino foi, e ainda na atualidade, um grande enigma para os homens.A presente dissertao tem o objetivo de demonstrar a importncia da religio, dos mitos, lendas e contos na construo da figura feminina medieval, para isso, abordaremos como a tradio oral em conjunto com as religies patriarcais reforou a ideia da mulher como origem e potncia do mal. Recorremos a aspectos histricos, religiosos e literrios, procuramos por intermdio de a Bblia Sagrada e de O Coro entender a influncia religiosa, alm de verificarmos quais os aspectos histricos que tiveram relevncia na perpetuao da misoginia e a ainda como a tradio oral teve a sua cota na construo desse universo misgino. Tentamos compreender como se deu a conexo entre tradio oral e religio na formulao da figura feminina e o porqu dessa mulher ter historicamente uma posio desprivilegiada diante de determinadas culturas

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O misticismo na Idade Mdia pode ser entendido como uma prtica de espiritualidade que confirma a legitimidade da experincia ntima do ser humano com a divindade e desempenha uma funo importante neste perodo histrico: ser um modo para se alcanar a relao direta e individual com Deus, num momento em que a instituio religiosa buscava a uniformizao da f, extirpando muitas prticas heterodoxas (heresias). Todavia, a mstica se impe como uma evoluo natural da espiritualidade crist no medievo ocidental, que estava submergida na razo (teologia), possibilitando ao indivduo uma expresso mais livre e sensvel da f. O Boosco Deleitoso, classificado por estudiosos como uma obra mstica, expressa esta condio emotiva da f. O objetivo deste estudo, portanto, concentra-se em observar a mstica na referente obra portuguesa. Para isso, foi preciso sustentar este trabalho em dois alicerces: a história e a psicanlise. No primeiro momento, far-se- um estudo da espiritualidade medieval e a evoluo da mstica neste ambiente sociopoltico; em seguida, ser traado pontos de identificao entre o Boosco Deleitoso e os autores e autoras da mstica medieval. No segundo momento, a partir de um estudo sobre a mstica sob o olhar da psicanlise, buscar-se- fazer uma abordagem literria dos discursos msticos tendo em considerao as contribuies tericas de Freud e Lacan sobre o assunto. O corpus desta pesquisa se encontra entre os captulos 118 e 153 do Boosco Deleitoso, parcela da obra que perceptivelmente foi influenciada pela mstica medieval

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

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Esse trabalho objetiva o estudo da sexualidade na Idade Média, a fim de analisar as marcas construdas pela história que contriburam para a formao dos pensamentos fortemente presentes na sociedade contempornea relacionados homofobia. A Idade Mdia foi um perodo de grandes mudanas na sociedade, onde houve a disseminao de pensamentos relacionados sexualidade que prejudicaram a vida de muitas pessoas, inclusive dos homossexuais. Portanto, para a realizao dessa pesquisa sero considerados os acontecimentos marcantes sobre a sexualidade nessa poca. Desse modo, considerando as concepes construdas e passadas de gerao em gerao, presenciamos atualmente grande ocorrncia de episdios de preconceito e violncia contra homossexuais, justificadas com argumentos fundamentados em ideias de tempos remotos. Assim, por meio de uma pesquisa bibliogrfica, buscaremos compreender essas marcas deixadas pelo tempo utilizadas at hoje como instrumentos de preconceito e violncia e geradoras de um fator contemporneo, a homofobia

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Acadmico - Licenciaturas

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A gravidez e a lactao aumentam as necessidades nutricionais. O objetivo deste estudo foi comparar a ingesto alimentar e a prevalncia de inadequao de ingesto de nutrientes entre gestantes, lactantes, mulheres em idade reprodutiva. Dois dias de registros alimentares de 322 gestantes e 751 lactantes foram comparados com 6837 mulheres no gestantes e no lactantes entre 19 a 40 anos de idade, a partir de uma amostra representativa a nvel nacional. A prevalncia de inadequao de ingesto de nutrientes foi estimada pelo mtodo National Cancer Institute usando a necessidade mdia estimada (EAR) como ponto de corte, exceto para o sdio em que o nvel de ingesto tolervel (UL) foi utilizado. Gestantes, lactantes e mulheres em idade reprodutiva no diferiram em relao ao consumo mdio de 18 grupos de alimentos, exceto o arroz, que foi mais consumido pelas lactantes. A prevalncia de inadequao de nutrientes em gestantes foi maior em relao s mulheres em idade reprodutiva para a vitamina B6 (59% versus 33%). Entre as lactantes prevalncia foi maior para a vitamina A (95% versus 72%), vitamina C (56% versus 37%), vitamina B6 (75% vs 33%), e zinco (64% versus 20%). A porcentagem da ingesto de sdio acima do valor mximo tolervel foi superior a 70% entre as mulheres estudadas. A ingesto inadequada muito freqente entre todas as mulheres e aumenta durante a gravidez e lactao.

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Projeto de Ps-Graduao/Dissertao apresentado Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obteno do grau de Mestre em Cincias Farmacuticas

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Esta tese aborda as prticas e as representaes de mulheres em idade frtil, que vivem em contextos sociais de pobreza. As prticas sobre o acesso e as formas de utilizao dos cuidados de sade reprodutiva. As representaes das mulheres relativamente maternidade e/ou fecundidade, verificando de que forma estas influenciam a utilizao de cuidados de sade reprodutiva (sade materna e planeamento familiar). E as representaes dos profissionais de sade e tcnicos de servio social sobre os comportamentos de fecundidade e as formas como as mulheres (pobres e no pobres) utilizam os cuidados de sade reprodutiva. Devido natureza do objecto de estudo e complexidade inerente, optou-se por utilizar uma combinao de mtodos qualitativos e quantitativos e respectivas tcnicas de recolha e anlise de dados, num mesmo desenho de estudo, tendo em vista a triangulao metodolgica, que ajudou compreenso mais profunda da realidade em estudo. Como tal dividiu-se a investigao em trs estudos: 1) o estudo exploratrio; que apoiou nas decises, nomeadamente na delimitao do objecto de estudo, dos objectivos gerais e especficos, das hipteses centrais de investigao e dos aspectos metodolgicos relacionados com o estudo de caso-controlo e o estudo qualitativo; 2) o estudo de caso-controlo (quantitativo); 3) o estudo qualitativo. Estudo de caso-controlo O estudo de caso-controlo foi realizado com mulheres em idade frtil, em que os casos so mulheres consideradas muito pobres, havendo dois controlos para cada caso: os controlos 1, que so mulheres consideradas pobres e os controlos 2, que so mulheres consideradas no pobres. Este estudo foi planeado com uma amostra de 1513 mulheres em idade frtil, com 499 casos seleccionados segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional (de mulheres consideradas muito pobres) seleccionados da base de dados de beneficirios de RSI, da SCML. E 1014 controlos (de mulheres no consideradas como muito pobres): os controlos 1 foram seleccionados tambm segundo um esquema de amostragem estratificada proporcional dos restantes beneficirios da SCML; os controlos 2 foram seleccionados de forma bi-etpica, primeiro procedeu-se a uma amostragem aleatria simples de quatro Centros de Sade e de seguida optou-se por uma regra sistemtica de seleco das utentes desses Centros de Sade, mediante a aplicao de um formulrio de critrios de incluso. Os dados foram recolhidos atravs de um questionrio semi-quantitativo aplicado por entrevista. Responderam ao questionrio um total de 1054 mulheres, sendo que o total de respondentes distribui-se pelos grupos em estudo, isto , 304 referentes aos casos (muito pobres), e 750 respeitantes aos controlos [293 pertencentes ao grupo de controlos 1 (pobres) e 457 provenientes do grupo de controlos 2 (no pobres)]. Os dados foram analisados utilizando tcnicas estatsticas bivariadas e multivariadas. Concretamente, comeou-se pela anlise descritiva (frequncias absolutas e relativas; medidas de tendncia central: moda, média, mediana, mdia aparada a 5%) das variveis demogrficas e das variveis de fecundidade (representaes, tenses, prticas e controlo de fecundidade) em funo das variveis de condio social (gradientes de pobreza segundo os grupos em estudo). Seguiu-se a anlise de comparao e associao - o teste de Qui-quadrado para testar a homogeneidade e para testar a homogeneidade de varincias aplicou-se o teste de Levene e a normalidade da varivel quantitativa, nos grupos em estudo, foi testada atravs do teste de Kolmogorov Smirnov e o teste de Shapiro-Wilk. Sempre que as condies de aplicao da ANOVA no se verificaram, aplicou-se a alternativa no paramtrica: o teste de Kruskal-Wallis. O clculo do odds ratio da varivel ter gravidez e filhos foi efectuado de acordo com o proposto por Mantel-Haenszel aplicado nas situaes em que existem dois controlos por caso. Foram ainda utilizados modelos de regresso logstica (pelo mtodo Forward: LR) para avaliar a probabilidade de ser do grupo de casos (muito pobre), relativamente a ser do grupo de controlos 1 (pobre) e ser do grupo de controlos 2 (no pobre). E dois modelos de regresso logstica multinomial para estudar a relao entre uma varivel dependente de resposta qualitativa no binria [no presente estudo com trs classes - os trs grupos em estudo: casos (muito pobres), controlos 1 (pobres) e controlos 2 (no pobres)] e um conjunto de variveis explicativas (predictor variables), que podem ser de vrios tipos. A anlise efectuada confirma a existncia de gradientes de pobreza e a sua associao a gradientes de fertilidade, que se reflectem em termos de acesso sade e nos padres de utilizao de cuidados de sade reprodutiva. O facto de as mulheres terem tido filhos (varivel ter gravidez e filhos) aumenta a probabilidade (OR=1,17; p<0,001; IC = 1,08 1,26) de serem muito pobres, comparativamente a serem pobres e no pobres. Isto , a maternidade configura-se como um factor explicativo da pertena social das mulheres, sobretudo quando interligado com outros factores. Concretamente, verifica-se atravs da anlise dos modelos de regresso logstica que existe uma interligao entre a condio social das mulheres e um conjunto de caractersticas sciodemogrficas, que se configuram como factores de risco de pobreza, como sejam o baixo rendimento dos agregados, a dimenso dos agregados familiares, a baixa escolaridade e as pertenas tnicas. Quanto ao acesso econmico, constata-se que as mulheres muito pobres apresentam incapacidades financeiras para comportar custos com a compra de medicamentos muito superiores s restantes, constituindo-se esta como uma caracterstica forte para explicar a sua condio social actual. Em termos de utilizao de cuidados de sade reprodutiva percebe-se que as mulheres muito pobres so caracterizadas por baixa frequncia das consultas de reviso do parto, com todas as eventuais implicaes no seu estado de sade. Um aspecto pertinente prende-se com a sistemtica aproximao das mulheres pobres s muito pobres, distanciando-se em quase tudo das mulheres no pobres. Ou seja, existe um nmero considervel da nossa populao mdia com vulnerabilidades, que deveriam merecer uma ateno prioritria em termos de polticas sociais (nomeadamente, na rea da sade, do trabalho e do apoio social). Assim, de enfatizar a importncia de haver uma adequao das polticas de sade no sentido de assegurar que as populaes mais vulnerveis consigam utilizar de forma apropriada os cuidados de sade reprodutiva. Estudo Qualitativo Foi efectuado um estudo qualitativo, atravs de realizao de entrevistas e grupos focais. Concretamente, foram feitas oito entrevistas e dois grupos focais a mulheres provenientes de diferentes contextos socioeconmicos (pobreza e no pobreza), num total de 18 indivduos. Foram conduzidos dois grupos focais a profissionais de sade (enfermeiros e mdicos), num total de 15 participantes. E realizados quatro grupos de discusso a tcnicos de servio social, num total de 36 participantes. Todas as entrevistas e grupos focais foram gravados, seguindo-se a sua transcrio integral. Os dados foram analisados com base nos procedimentos de anlise de contedo habituais no mbito de abordagens qualitativas. No que diz respeito aos grupos focais, procedeu-se a uma anlise categorial temtica. Atravs da anlise das representaes de fecundidade percebe-se que para as mulheres, independentemente do grupo socioeconmico a que pertencem, o melhor e o pior dos filhos, envolve trs nveis: os sentimentos, o desempenho das funes parentais e as privaes. E a maioria das mulheres assume que foi atravs de amigos, dos media e/ou de vizinhos que obteve as primeiras informaes sobre os mtodos contraceptivos. Revelando ainda a inexistncia de influncia familiar, especialmente das mes, na transmisso desses conhecimentos e informaes sobre contracepo, em todos os grupos socioeconmicos. Alis, a percepo generalizada de que o sexo foi um assunto tabu na educao destas mulheres. Muitas das mulheres no estudo descrevem uma preparao inadequada para o sexo e contracepo na primeira gravidez, acontecendo esta como resultado de impreparao e no de planeamento. Encontram-se semelhanas entre as mulheres provenientes de diferentes gradientes sociais, mas tambm se encontram diferenas, nomeadamente, acerca do papel do parceiro masculino no planeamento familiar e no planeamento das gravidezes. Existe uma diferena entre mulheres provenientes de grupos socioeconmicos distintos (muito pobres e pobres vs. no pobres) relativamente ao papel do parceiro na contracepo: no utilizao do preservativo porque companheiros no aceitam vs. as mulheres que assumem que as decises quanto contracepo so e foram sempre da sua responsabilidade. Os resultados vm mostrar a importncia atribuda ao sexo do mdico e a vergonha envolvida na utilizao dos cuidados de sade materna, cujas consequncias se revelaram impeditivas de realizao das consultas ps-parto. Vrios estudos j apontaram o desconforto durante o encontro biomdico nos cuidados pr-natais resultando de uma incapacidade da mulher para lidar com certas caractersticas do profissional de sade, que podem incluir idade, gnero e linguagem (cfr. nomeadamente, Whiteford e Szelag, 2000). Um outro aspecto em que h diferenas entre grupos socioeconmicos nos resultados do estudo de caso-controlo, e que vem ser ainda mais aprofundado atravs do estudo qualitativo, est relacionado com os apoios recebidos quando os filhos nascem e quando existe uma situao de doena. As mais pobres encontram-se numa posio de vulnerabilidade acrescida, porque no podem colmatar a falta de apoios, por exemplo com amas para tomar conta dos filhos, como admitido, por exemplo, por uma mulher de etnia cigana. Mas emerge uma semelhana entre as mulheres dos diferentes grupos socioeconmicos, quando reivindicam a necessidade de existir mais apoio, nomeadamente uma rede de creches. Os profissionais (sade e social) demonstram nas suas representaes as influncias do modelo biomdico de sade. Quanto s mulheres, consoante o seu contexto cultural, elas tendem a integrar num modelo prprio a sua relao com os cuidados de sade, especificamente com os cuidados pr-natais. Modelo esse que no exclui o uso dos servios biomdicos durante a gravidez, o que acontece que as mulheres conservam as suas crenas e algumas prticas tradicionais em face de novas. Deixando em aberto a possibilidade de negociao e transmisso de conhecimentos por parte dos profissionais de sade, processo facilitado com existncia de dilogo e abertura dos profissionais de sade para as especificidades culturais (cfr. outros estudos, nomeadamente, Atkinson e Farias, 1995; Whiteford e Szelag, 2000). Os profissionais atribuem ao pobre uma caracterstica-tipo: o imediatismo. Este condiciona a actuao dos indivduos pobres nas prticas de planeamento familiar e nas formas de utilizao de cuidados de sade reprodutiva. Por exemplo, para os profissionais de sade e tcnicos de servio social a utilizao correcta da contracepo depender do nvel educacional da mulher. Mas no se comprova tal facto nos estudos, havendo mesmo indcio de uma certa transversalidade nas falhas de utilizao, por exemplo da plula. Atravs do estudo de caso-controlo comprovase que a plula era o contraceptivo mais usado no momento em que as mulheres engravidaram do ltimo filho, sendo que aparentemente algo ter falhado (dosagem, esquecimento, toma simultnea de antibitico), no existindo diferenas entre os grupos socioeconmicos. A anlise reflecte a existncia de representaes nem sempre coincidentes entre mulheres e profissionais de sade, no que diz respeito maternidade, gravidez e fecundidade, mas tambm s necessidades e formas de utilizao dos cuidados de sade reprodutiva (sade materna e planeamento familiar). Chama-se a ateno para a importncia dos decisores terem estes factos em ateno de forma a adequar as polticas de sade s expectativas e percepes de necessidade por parte das populaes vulnerveis, procurando atingir o objectivo de utilizao adequada de cuidados de sade reprodutiva e, em ltima anlise, promover a equidade em sade. Concluses Gerais Esta investigao insere-se numa lgica de perceber as caractersticas associadas no continuum de pobreza, procurando-se os factores que explicam a posio relativa dos grupos nesse mesmo continuum. Em termos de sade, contata-se existir uma associao entre a no realizao de consultas de reviso do parto e as chances superiores de pertencer a um grupo socioeconmico mais pobre. Haver aqui lugar a um cuidado acrescido em termos de organizao de cuidados de sade para que estas mulheres, com vulnerabilidades de vria ordem, sejam devidamente acompanhadas, orientadas, apoiadas para a realizao deste tipo de consultas, envolvendo uma sensibilizao para gostar de si prpria, de valorizao individual, mesmo depois do nascimento dos filhos. As redes de sociabilidade so distintas consoante a posio que a mulher ocupa em termos de gradiente social, sendo que a posio mais vulnervel para as mulheres muito pobres e pobres, quer em situao de doena, quer em situao de apoio para os filhos e ainda em termos de privao material existe um efeito em termos de diluio das sociabilidades para grupos j to fragilizados a outros nveis. Ao descrever, analisar e caracterizar os gradientes de pobreza e privao mltipla entre os grupos de mulheres em estudo posso concluir que existem aspectos diferenciadores das mulheres pobres relativamente s mulheres no pobres.Mas elas manifestam sobretudo caractersticas que as aproximam das mulheres muito pobres. Ou seja, este grupo de pessoas est particularmente envolta numa multiplicidade de riscos sociais, uma vez que so mulheres que tm filhos, trabalham, tm redes de sociabilidade enfraquecidas e no podem contar com a ajuda do Estado em termos de medidas de apoio social, no sendo elegveis, por exemplo, para o RSI. Urge rever as condies de atribuio de medidas, no necessariamente com a configurao actual, mas que tenham em ateno este conjunto populacional. A actividade sexual comea muito cedo nas vidas das jovens, independentemente da provenincia socioeconmica, pelo que esse um aspecto que, penso, dever continuar a ser considerado em termos de sade sexual e reprodutiva por parte das diferentes entidades no que se refere educao e promoo para a sade. As questes relacionadas com a incapacidade para comportar custos de sade - deixar de comprar medicamentos, sobretudo, para as prprias mulheres, no poder pagar consultas em mdicos especialistas e dentistas - revelam-se srias, na medida em que fazem emergir as diferenas em termos de grupos socioeconmicos, constituindo-se como um factor associado com as iniquidades em sade ainda existentes em Portugal. Como sabido pelos estudos realizados, estas so tambm causas de pobreza. Assim, esta uma das reas a merecer actuao prioritria no sentido de contribuir para que caminhemos para uma sociedade com mais equidade. A existncia de diferenas na acessibilidade e no acesso geogrfico e econmico, marcada pelas diferenas em termos de gradientes sociais, deixa em aberto a necessidade de actuar no sentido de que o sistema de sade tenha polticas de promoo da equidade, nomeadamente a equidade de acesso econmico, na investigao desenvolvida sobre sistemas de sade. Parece que fica evidente a necessidade de monitorizar quais as interaces entre as polticas, de sade e sociais, e a variabilidade nas desigualdades sociais ao longo do tempo, ou seja, a importncia de monitorizar os efeitos das polticas nos grupos vulnerveis. S avaliando poderemos saber se as medidas devem continuar com contedo e formas de implementao actuais ou se, pelo contrrio, devero acontecer mudanas nas medidas de apoio para melhorar as condies sociais e de sade das populaes.

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Tese de Doutoramento em História, especialidade de Arqueologia

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Objetivo: Avaliar o consumo de farinceos e de alimentos ricos em cido flico em uma amostra de mulheres em idade frtil da cidade de Porto Alegre-Brasil. Mtodos: Foi realizado um estudo de prevalncia com base populacional, com uma amostra de convenincia. Foi aplicado um questionrio de freqncia quantitativa contendo questes relativas classificao scio-econmica e ao consumo de farinceos e alimentos-fonte em folato. Foram includas no estudo 400 mulheres entre 15 e 45 anos. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: O consumo dirio de folatos nesta populao foi em mdia de 220,1 g. A quantidade consumida de farinceos foi de 176 g por mulher. A ingesto conjunta de alimentos-fonte de folato e de farinceos fortificados (farinha de trigo e/ou milho) foi de 404,7 g por pessoa. Concluses: Como o consumo de cido flico preconizado pela RDA de 400g/dia, incluindo tanto o folato proveniente de alimentos-fonte quanto os suplementados, a adio do cido flico na farinha de trigo est permitindo que o limite inferior recomendado seja atingido, no havendo, no entanto, uma garantia que esse valor se mantenha se forem computadas as perdas decorrentes do cozimento e da ao da luz UV, no consideradas neste trabalho.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)

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Ao mercrio tem sido atribuda a capacidade de interferir nos sistemas orgnicos imunolgico e hormonal, alm dos sistemas nervoso e renal frequentemente atingidos por esse agente txico. Mulheres em idade frtil ou grvidas constituem um grupo vulnervel a esses efeitos, em relao a si mesmas e seus conceptos. Foi avaliada a exposio ao mercrio (Hg) e os nveis de prolactina (PRL) e interleucina-10 (IL-10) em 144 mulheres (no ps-parto e cerca de um ano depois) de Itaituba, rea sob impacto ambiental do mercrio e em mulheres de municpios da rea metropolitana de Belm, sobretudo Ananindeua, rea sem impacto conhecido do mercrio (156 purperas e 156 no purperas). As anlises de mercrio total (Hg-t) em sangue foram feitas por Espectrometria de Absoro Atmica por Vapor Frio. As anlises sricas de PRL foram feitas por Ensaio Imunoenzimtico com deteco final em fluorescncia e as determinaes de IL-10 foram realizadas por Ensaio Imunoenzimtico de Fase Slida. Dados demogrficos e epidemiolgicos foram obtidos atravs de questionrio semi-estruturado. As purperas de Itaituba apresentaram mdia de Hg-t, PRL e IL-10 de 13,93 g/l, 276,20 ng/ml e 39,54 pg/ml, respectivamente. Nas purperas de Ananindeua as respectivas mdias foram 3,67 g/l, 337,70 ng/ml e 4,90 pg/ml. As mulheres no purperas de Itaituba apresentaram mdia de Hg-t de 12,68 g/l, mdia de PRL de 30,75 ng/ml e mdia de IL-10 de 14,20 pg/ml. As mdias de Hg-t, PRL e IL-10 das mulheres de Ananindeua foram 2,73 g/l, 17,07 ng/ml e 1,49 pg/ml, respectivamente. Os nveis de Hg-t, PRL e IL-10 foram maiores em Itaituba (p<0,0001), exceto em relao PRL das purperas, maior em Ananindeua. Os nveis semelhantes de Hg-t nas duas avaliaes das mulheres de Itaituba (p=0,7056) e a correlao moderada sugerem continuidade da exposio (r=0,4736, p<0,0001). A principal varivel preditora dos nveis de mercrio foi o consumo de peixe nos modelos de regresso mltipla linear e logstica. A paridade e os nveis de IL-10 apresentaram associao positiva com a PRL nas purperas de Itaituba e o peso do recm-nascido e a IL-10, associao positiva com a PRL em purperas de Ananindeua. A IL-10 apresentou associao negativa com a PRL nas mulheres no purperas de Itaituba (p=0,0270) e positiva nas mulheres de Ananindeua (p=0,0266). Os nveis de Hg-t estavam associados negativamente com a PRL nas purperas (p=0,0460) e positivamente com o trabalho em garimpo (p=0,0173) (este tambm importante para as no purperas) em Itaituba, segundo os modelos logsticos. A IL-10 esteve associada positivamente morbidade recente nas purperas de Itaituba (p=0,0210), negativamente ao consumo de bebida alcolica (p=0,0178) e positivamente ao trabalho em garimpo nas mulheres no purperas (p=0,0199). A exposio crnica ao Hg das mulheres de Itaituba, a diferena nos nveis dos fatores imunoendcrinos avaliados em relao s mulheres no expostas e a associao com variveis epidemiolgicas relevantes, sugerem a possibilidade de impactos da exposio no perfil imunoendcrino das mulheres de Itaituba, chamando ateno para a importncia da vigilncia da sade dessa populao e o possvel uso de bioindicadores como a PRL em sua avaliao.

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Except for a History that is mobilized, nowadays, much more by the supposedly continuities than the changes, the periods of major transitions continue to demand interpretative effort from specialists. It is long the list of those who have been dedicated to the transitional problem between the Antiquity and the Middle Ages, focused on a period of poor and unequally distributed sources, trying to shed light and establish various interpretative means for this phenomenon. Albeit having overcome some of the catastrophic perspectives hindering the pioneer analyses within this context, the current approaches have also eliminated the recognition of both the contradictory manifestations and the social struggles acting as central and fundamental engines of the social transformations within the discussed context. When supported by an adequate theoretical background, documents from the period lead us to a process resulting from contradictions and a scenario of actions and reactions that eventually materialized the conflicts and moved History forward. The transition from the Antiquity to the Middle Ages was encompassed by diverse social antagonist manifestations, which allows us to consider that the arena of disputes were, therefore, that of the society itself.

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Except for a History that is mobilized, nowadays, much more by the supposedly continuities than the changes, the periods of major transitions continue to demand interpretative effort from specialists. It is long the list of those who have been dedicated to the transitional problem between the Antiquity and the Middle Ages, focused on a period of poor and unequally distributed sources, trying to shed light and establish various interpretative means for this phenomenon. Albeit having overcome some of the catastrophic perspectives hindering the pioneer analyses within this context, the current approaches have also eliminated the recognition of both the contradictory manifestations and the social struggles acting as central and fundamental engines of the social transformations within the discussed context. When supported by an adequate theoretical background, documents from the period lead us to a process resulting from contradictions and a scenario of actions and reactions that eventually materialized the conflicts and moved History forward. The transition from the Antiquity to the Middle Ages was encompassed by diverse social antagonist manifestations, which allows us to consider that the arena of disputes were, therefore, that of the society itself.